sábado, 4 de agosto de 2012

Mensagem - Deus não Fica Parado



Sl 145.10-21; Ex 16.2-15; Ef 4.1-16; Jo 6.22-35

Eis na nossa frente mais um texto que nos ensina a confiar em Deus. Pois o Senhor fala com Moisés e a primeira coisa que ele lhe diz é: “Tenho ouvido as reclamações dos filhos de Israel” (Ex 16.12). Palavra bondosa de Deus que nos lembra de que Deus sabe pelo que passamos. Conhecendo as dificuldades pelas quais passamos Deus não fica parado como muitos pensam. Deus faz sim algo diante da nossa dor e da nossa aflição. O fato de não percebermos isso direito, de termos dificuldades em ver Deus agindo no mundo nos mostra o quanto não conhecemos o nosso Deus.

Quantas vezes pensamos em um Deus que está parado lá no céu sem chegar muito perto de nós. Facilmente nos esquecemos de que ele está bem do nosso lado e logo perdemos a vergonha de fazer algo errado só porque estamos sozinhos. É fácil querer deixar de fazer o bem só porque ninguém está vendo. A tentação de não crer de coração em Deus só porque ninguém vê o nosso coração é muito forte e muito perigosa. Pois Deus conhece cada centímetro de nossa vida. Deus está presente em cada momento de nossa vida.

Há, porém, muitas coisas que nos querem fazer acreditar que estamos sozinhos; as dores do mundo, as decepções, as brigas. Quando o povo de Deus andou pelo deserto por quarenta anos muitas coisas o fizeram acreditar que Deus estava longe dele. Em Ex 16 nos é mostrado que uma dessas dificuldades era a fome. No final de Ex 15 o problema era a sede. E esses problemas se repetem no decorrer da história do povo de Deus.

Quando o povo saiu do Egito havia muita alegria. Afinal de contas, ele era um povo escravo em uma terra estranha. A viagem com certeza começou muito animada com direito a música e crianças pulando. O sol não era problema, afinal de contas, como escravos eles deveriam não só ficar debaixo do sol, mas trabalhar duro debaixo do sol de todo o dia. E agora no deserto Deus lhes deu uma nuvem que lhes fazia sombra. O frio da noite também não era problema, pois uma coluna de fogo os protegia do frio. Se a comida era pouca também não tinha problema, pois eles estavam indo para uma terra onde haveria muita comida.

Neste momento talvez ninguém se atreveria a pensar que Deus não estava no meio deles. Mas os dias foram passando, o sol começava a incomodar, o frio começava a doer nos ossos, a barriga começou a se incomodar pela pouca comida. O caminho, que no início parecia tão agradável, parecia ficar mais difícil a cada passo. O caminho era o mesmo do início da viagem, mas o cansaço começou a fazer feridas na fé do povo. Como é muito comum acontecer, as pessoas começaram a se cansar do que faziam todos os dias. Era repetitivo caminhar debaixo do sol e debaixo da lua todos os dias. Era doloroso andar por um caminho difícil com a barriga roncando de fome.

As dores e dificuldades do mundo incomodam e muito. O povo de Deus ainda se cansa com as dificuldades do mundo. O povo de Deus sente a dor da fome e da sede, do sol forte e do cansaço, sente o suor do rosto e a dor do parto. Mas o que fazer então quando a dor toma conta de nós e nos sentimos perdidos e desorientados?

Esta é uma pergunta que desafia todo cristão. Ela pode aparecer a qualquer momento de nossa vida. Muitas vezes quando nem esperamos. O povo de Deus que andava no deserto teve momentos de forte confiança em Deus. Quando viram o Mar Vermelho se abrir e puderam passar entre as águas sem nem mesmo molhar os pés. Que grande confiança puderam ter em Deus! Quando viram água saindo de uma pedra porque Deus havia mandado Moisés bater na pedra com o seu cajado. Que grande confiança puderam ter em Deus! Mas a confiança em Deus é desafiada na dificuldade. Na hora da dor é difícil confiar porque é fácil pensar que Deus nos deixou. Quando sentiu fome no deserto o povo de Deus desconfiou, pensou que Deus os havia deixado. O povo então reclamou.

Mas se nós nos encontramos sem resposta na hora da dor e da dificuldade Deus nos dá resposta. Deus não fica parado como se estivesse longe de nós ou como se não soubesse pelo que passamos. O povo de Deus reclamou, pois estava difícil para eles e pensavam que Deus não mais lhes ajudaria. Mas não era difícil para Deus ajudar. Para matar a fome do povo Deus mandou pão e carne do céu. Deus não fica parado diante da nossa dor e da nossa dificuldade. O fato de não percebermos bem isso nos mostra o quanto nós estamos longe de conhecer Deus. Mas Deus nos conhece perfeitamente e sabe do que precisamos. Em qualquer momento Deus quer nos lembrar de que ele é o Senhor nosso Deus. É ele quem nos dá tudo de bom que temos nesta vida. Ele quer que a nossa boca diga: “Tu és o nosso Deus, em ti confio!” Será que conseguimos dizer isso em qualquer mo mento de nossa vida?

Precisamos da ajuda de Deus. Somente Deus pode nos ensinar a confiar nele. Ainda bem que ele não está parado. Deus está agindo exatamente para colocar fé em nosso coração. E isso não apenas nas horas tranquilas, mas também naquelas horas em que nos sentimos sozinhos e sem forças. Deus está agindo em nossa vida! Por isso podemos dizer: “Senhor, tu és o nosso Deus!”

Francis Dietrich Hoffmann
02 de agosto de 2012

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