sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Mensagem - O Doce Aroma do Evangelho

Texto base: Gálatas 4.1-7




Caros leitores, o tema que trago para ser exposto neste momento, nós encontramos nas Sagradas Escrituras, na carta do apóstolo Paulo aos gálatas, onde Paulo afirma que: “Nos tornamos Filhos de Deus e seus Herdeiros através do sacrifício de Cristo”. Paulo escreve na carta aos gálatas capitulo quatro versículos um a sete onde lemos:
V1-Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo.
V2-Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai.
V3-Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo.
V4-Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.
V5-Para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
V6-E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!
V7-De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.

Quando comecei a preparar esta mensagem li e reli o texto bíblico varias vezes procurando entender o que ele dizia para mim em primeiro lugar, depois de algum tempo percebi que, o que eu realmente procurava era algo diferente, ou algo novo ainda não dito, para dizer a vocês agora, neste momento. Custei bastante, e percebi o algo diferente, novo, que procurava, mas não no texto, porém em mim.          
Mas a flor? Por que a flor? Quero usar uma flor como exemplo de algo que acontece comigo, e acredito que com vocês também. As flores são uma das criações mais belas de Deus, Jesus Cristo disse aos seus discípulos que nem mesmo o Rei Salomão se vestiu com tanta beleza quanto os lírios do campo.  Eu, quase que diariamente passo ao lado de flores, no seminário, em praças ou na rua. Em frente a minha casa há flores. Porém, não costumo parar para admirá-las, sentir seu perfume, colhê-las e dá-las para alguém. Simplesmente passo rapidamente ao lado e sigo meu caminho. Uso o exemplo das flores para dizer que da mesma forma passo por muitos textos bíblicos, principalmente aqueles mais conhecidos, e não paro para me deixar levar pelo seu “aroma”, sua essência.  
Voltando as palavras de Paulo, posso dizer que não há nada mais encoberto, está tudo ali bem claro, descoberto, nada novo, mas simplesmente sublime, esplendoroso, magnífico.    
O apóstolo Paulo, em uma época de muitas dúvidas, vendo-se em uma grande aflição escreve aos gálatas, pois havia falsos profetas que pregavam um evangelho um pouco diferente daquele que o apóstolo Paulo pregava. Estes falsos profetas diziam ao povo que poderiam crer no Evangelho de Cristo, mas não deveriam abandonar as leis judaicas, sendo que estas, ainda eram necessárias para a salvação. Aqueles homens, os profetas, não deixavam os gálatas perceberem e viverem toda a sublimidade e o esplendor do presente que estavam recebendo de Deus através de Cristo.
Então nos versículos quatro e cinco, o apóstolo Paulo revela mais uma vez aos gálatas, e também a nós hoje, a magnifica obra de Deus, que enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, ou seja, toda a humanidade perdida e condenada. Pois o homem por si próprio não consegue cumprir a lei e redimir-se diante de Deus. Então, Deus através de Cristo o faz, se torna humano com um corpo de carne e sangue, um corpo mortal, que sentiu dores e angustias, não andou entre flores em seu ministério terreno, porém entre espinhos, sofrendo em sua própria carne, injustamente, a dor do espinho maior, o nosso pecado, morrendo, para que nós não sofrêssemos as consequências deste.
 No versículo seguinte Paulo afirma:E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” Estas mesmas palavras foram usadas por Jesus Cristo quando orou no Getsêmani mostrando uma relação intima com Deus. Esta expressão, segundo Paulo, testifica a nosso favor mostrando que Cristo é verdadeiramente filho de Deus e que pela presença de seu Espírito, para o qual, tudo é possível, nos mostra a natureza divina de Cristo, um Cristo ressurreto, onipotente, eterno, infinito. Espírito que também nos fortalece, que nos revigora, que nos permite mesmo estando entre dificuldades, estarmos em paz e confiantes. Espírito que nos mostra não um Pai impiedoso, mas sim um Pai amoroso, reconciliador.
Lutero em seu Catecismo Menor, na introdução do Pai Nosso nos deixa um “lírio”, ele afirma: “Deus quer atrair-nos carinhosamente com estas palavras, para crermos que ele é nosso verdadeiro Pai e nós, os seus verdadeiros filhos, para que lhe roguemos sem temor, com toda a confiança, como filhos amados do querido pai”.

E no verso sete, encontramos ao qual me referi no princípio desta reflexão, a sublimidade do amor inexplicável de um Pai amoroso. A boa nova que os gálatas não estavam compreendendo, e que nós, muitas vezes, mesmo compreendendo, não paramos tempo suficiente para nos deixar levar pela mensagem da graça em sua plenitude. Não paramos para sentir seu “aroma”, não nos deixamos levar pela sua “doçura”, o doce sabor da graça de Deus. Deus enviou seu Filho assumindo a forma de verdadeiro homem, cumpriu a Lei em lugar de toda a humanidade, e sendo verdadeiro Deus, venceu a morte e o poder do diabo, nos convidando para fazer parte das venturas celestiais.
A proposito, você tem dado flores a alguém ultimamente? Para sua esposa? Sua namorada? Sua mãe?
 Que o nosso Senhor permita que continuemos a ver flores, que sejamos sensíveis e gentis, às colhendo e às dando como forma de carinho e afeto, e que sejamos sempre de novo seduzidos, envolvidos, tragados pelo aroma inconfundível da mensagem da Boa Nova que nós é oferecida por Cristo de forma a exalarmos a essência da mensagem da graça em favor de outros afirmando juntos com o apostolo, nas palavras do versículo sete. “De sorte que já não somos escravos, porém filhos; e, sendo filhos, também herdeiros por Deus”.

Que este Cristo esteja presente em nossas vidas hoje e sempre. Amém!




Daison Mülling Neutzling
Teologando da ULBRA e do Seminário Concórdia

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

1º Retiro da JELPE

No dia 31 de janeiro, 53 jovens da Paróquia Emanuel (incluindo o pastor com sua família) estiveram reunidos no Camping Recanto do Laser (4º distrito de Canguçu) para o 1º Retiro da JELPE. Alguns chegaram no local do retiro com a caravana da JELPE, outros de condução própria, mas de uma forma ou de outra estavam todos reunidos para um dia de muita diversão na companhia de maravilhosos amigos.

O evento começou oficialmente pela manhã com um culto campal. Foi lindo ver todos aqueles jovens reunidos debaixo das árvores, sentados em cadeiras de praia e pedras, para um momento de culto a Deus. O restante do dia foi de programação livre. Pequenos grupos se espalharam debaixo das árvores preparando churrasco e cachorro-quente. Pequenos grupos mais corajosos enfrentaram a água fria enquanto outros aproveitavam a quadra num joguinho de futebol. Uns passearam pela água, outros pelas trilhas da mata próxima, aproveitando a beleza natural do local e papeando com os amigos.

Exceto os retiros das próprias uniões juvenis, um evento com essa configuração foi praticamente inédito para a maioria dos jovens, um dia para aproveitar na companhia dos irmãos na fé, fortalecendo amizades e aproximando os jovens de nossa paróquia. Apesar de o dia não ter sido o mais favorável para as brincadeiras aquáticas, todos puderam aproveitar e se divertir no primeiro retiro que com certeza será repetido e melhorado (a partir da experiência adquirida na organização deste) nos próximos anos.

Você confere o álbum completo de fotos do evento na nossa página no Facebook ou clicando aqui!

Esse conteúdo apareceu pela primeira vez no Blog da JELPE