Uma definição interessante de pecado é desenvolvida por um
psiquiatra cristão. Ele compara o pecado a uma planta que tem raízes e produz
frutos. A mentira, o furto, os vícios, o adultério, o orgulho são alguns dos “frutos”.
Estes são chamados de pecados atuais. Jesus pode arrancar esses frutos e alguns
deles não voltarão mais, mas mesmo assim outros, e às vezes os mesmos, podem
insistir em aparecer, porque a raiz do pecado continua a existir, e ela só vai
ser arrancada na eternidade.
Por isso o pecado é descrito como uma raiz que corrompe e
estraga o ser humano. É algo inato e está nos genes dos seres humanos. O
resultado disso é que o homem é morto espiritualmente e é completamente
dependente da obra regeneradora do Espírito Santo. Alguns se perguntam sobre o
pecado e sua real influência nas pessoas. Uns dizem que o pecado é apenas uma
mancha e isto não impediria ao homem de buscar coisas boas, inclusive sua
própria conversão e regeneração. Mas não é isto que a Bíblia afirma. Ela usa
expressões como “mortos” nos pecados. “Ele vos deus vida estando vós mortos nos
vossos delitos e pecados.” (Ef 2.1) e que o “homem natural não aceita as coisas
do Espírito de Deus” (1 Co 2.14), para expressar o completo estado de
dependência do homem diante de Deus.
Este é o pecado original. Não é algo que se comete, mas que
é herdado. É pecado original porque sua origem está em Adão. “Portanto, assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12) e
também porque é origem de todos os males (Sl 51.5; Rm 7.17-20; Tg 1.14-15).
Do ponto de vista do homem, esse ato é completamente
irreversível, ou seja, “não tem como voltar atrás”. Contudo existe um caminho
de volta. O caminho é o renascimento como filho de Deus através do banho
regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3.5), através do Batismo e da
Palavra de Deus. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram
feitos pecadores, assim pela obediência de um (Jesus Cristo) muitos serão
feitos justos.” (Rm 5.19)
Fonte: SCHULZ, Klaus Detlev, "Testemunho", Editora Concórdia, 2010
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