Marcas que Consolam – Jo 20.19-31

Todos os nossos amigos tem alguma marca que nós conhecemos. Uns tem uma pinta no rosto. Outros têm um cabelo bem espetado. Ainda outros têm a cara cheia de pintinhas. Pode ser que alguns fiquem rindo dessas marcas, mas elas são muito importantes. É por causa dessas marcas que podemos reconhecer os nossos amigos. É por isso que fica difícil reconhecer uma pessoa quando ela corta o cabelo, quando começa a usar óculos ou outra coisa qualquer. É difícil porque a gente se acostuma com as marcas que uma pessoa tem.

Do mesmo jeito que é difícil para a gente reconhecer um amigo nosso se ele muda muito o cabelo, o rosto ou outra coisa, também é difícil para as outras pessoas. Foi muito difícil para os amigos de Jesus o reconhecerem depois que ele tinha morrido. Depois que uma pessoa morre a gente não vê mais essa pessoa. A gente sabe que ela fica diferente, mas a gente não sabe muita coisa a mais.
Jesus morreu na sexta-feira santa. E, diferente das outras pessoas, Jesus não continuou morto por muito tempo. Depois de três dias ele ressuscitou. Depois de ressuscitar Jesus foi falar com os seus amigos. Mas eles não sabiam como Jesus estaria. Ele estava diferente, e era uma diferença bem maior do que apenas cortar o cabelo.

Mas havia algo que não havia mudado em Jesus por meio da qual os seus amigos poderiam reconhecê-lo. O que não mudou em Jesus após ele ter morrido e ressuscitado foram as marcas que a cruz causou sobre ele. Por isso, Jesus mostra para os seus amigos as marcas que somente ele tinha; ele mostra os furos que os pregos fizeram em suas mãos e pés e mostra o seu lado, que havia sido ferido pela lança de um soldado. Essas marcas sim davam a certeza de que era Jesus mesmo que estava ali. Assim, como quando a gente fica muito feliz quando revê um amigo, os amigos de Jesus ficaram muito felizes por estarem vendo de novo o amigo deles. Mas havia outra razão para eles estarem felizes. Além de estarem revendo o amigo deles, havia uma razão muito especial para as marcas dos pregos e da lança ainda estarem sobre Jesus. Essas marcas nos mostram que a cruz faz parte da história de Cristo de modo que não dá para pensar em Jesus Cristo e não pensar também em sua cruz. E quando pensamos assim, logo nos lembramos que, enquanto aquelas marcas permanecerem em Cristo, nós temos o perdão para os nossos pecados! Por isso, ver Jesus com as marcas da cruz é mais do que rever um amigo: é ver o Salvador, é ver aquele que nos deu o céu.

O céu é o melhor lugar para se estar. No céu a gente vai ver os nossos amigos. No céu vamos ter tranqüilidade e alegria. E o melhor, no céu poderemos ver Jesus, ouviremos as história que ele tem para contar e nós também vamos ver as marcas que ele ainda carrega, os furos dos pregos em suas mãos e a ferida da lança em seu lado.

Amém!

Francis Dietrich Hoffmann

pastor conselheiro

19/04/2012